quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Estrelinha descontente

Ester adoooora que a gente invente histórias pra ela. De tanto inventar, numa noite qualquer, nasceu estrelinha descontente - tímida e envergonhada, nem quis chorar! A poucos amigos foi apresentada. Hoje, ela resolveu dizer "oi" pra todo mundo! Olha ela aí! :)

Estrelinha Descontente. Descontente lá no céu.
Certo dia perguntou, curiosa, pra mamãe:
Por que é que sou branquinha, se tudo tudo é colorido?
Tudo aqui, e tudo ali. Tudo lá e acolá...
Tudo, tudo é colorido e eu branquinha igual papel.

Olha lá a cor do céu, ora azul, azul clarinho
Outra hora azul marinho.
Olha lá a cor do mar, ora é de um verde-lima
Outra hora verde jade, e depois, verde abacate.

Quisera eu ser colorida! Igualzin que nem na feira...
Na segunda, amarela - amarela abacaxi.
E na terça, bem vermelha - vermelhin igual caqui.
Já na quarta, quero verde - aquele verde do quiwi!
Quinta-feira ser lilás, igual ao que, eu esqueci.
Lá na sexta, eu seria marronzinha igual canela,
Ou quem sabe eu seria uma linda berinjela
Assim seria... seria sim!
Ah, mamãe eu quero ser... ser de toda aquarela.

Sua mãe a tudo achou tão, mas tão inusitado,
Que começou a gargalhar. quaquaqua quá quá quá quá.
Estrelinha olhou pra ela... com os olhos marejados.
De repente, abraço forte... em voz mansa cochichou:
- Seu branquinho cintilante pode ser de qualquer cor!
Então fez-lhe coceguinhas e de rir ruborizou!
Olha lá, eu sou vermelha, festejou dona aquarela.
Faz de novo, faz mamãe! Faz-me agora amarela...

Vamos lavar as mãos?

Já faz um tempo que venho tentando encolher alguns cantos da casa, de modo que consiga facilitar a vida de uma criança com 90cm de altura.
Essa semana inventei um mini lavabo pra ela.
Coisa simples: peguei dois bancos, umas coisinhas da cozinha que não usava e pronto! Ela amou!
Cada vez que faz xixi no penico sem molhar a calcinha, ganha, como ela mesma diz, uma lavadinha de mão.



Seja bem-vinda, querida amiga!

Nossa mais nova colaboradora é uma amiga querida.

Lucélia, missionária, esposa do Gil e mãe/professora da Ester, contribuirá conosco sobre tudo o que se passa na cabeça dela. Ou melhor, quase tudo (alguns assuntos são deveras contrangedores para se publicar aqui).

A Lucélia, que decidiu adiar a ida da Ester para escola, vai compartilhar conosco as atividades que desenvolve com sua pequena em casa.

Nós tiramos o chapéu para ela, Raul Gil, porque ela merece mesmo!







sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Never-a-vever indica: Clássicos da literatura infanto-juvenil

Na linha dos clássicos infanto-juvenis, aí vão duas outras indicações do fundo do baú.

Memórias de um burro, de Condessa de Ségur


Para mim esse livro ensina uma importante lição sobre perdão e arrependimento.

Recentemente foi publicado pela editora Autêntica e traz belas e diversas imagens ao longo do texto. A editora resume a obra assim:

"Publicado pela primeira vez em 1860, este livro contas as aventuras de Cadichon, um burro sábio que escreve suas memórias. Por causa e sua esperteza e inteligência, ele acaba ensinando muito aos humanos e mostrando a importância de refletir sobre as próprias ações, de se arrepender e procurar corrigir os erros cometidos".


Proezas do Meninos Jesus, de Luís Jardim


Trata-se de uma obra-prima. O livro narra as aventuras do menino Jesus junto a seus pais e seus amigos queridos. Um menino especial, um menino santo, cujas ações são todas pautadas pelo amor, um amor divinal.

Para quem é cristão, essa obra é ainda mais preciosa. Mas para quem não é, ainda assim é notável pela sua beleza literária.

E, em meio a suspiros, eu me pergunto porque a gente não lê nada disso na escola? 


Never-a-vever indica: Os Meninos da Rua Paulo

A indicação de hoje é valiosa.

 Os Meninos da Rua Paulo, de Ferenc Molnár

A editora Cosac Naify, responsável pela última edição do livro, assim resumiu a sua trama:

"A história dos meninos que travam batalhas de vida ou morte nas ruas de Budapeste, no final do século XIX, ainda fascina leitores de várias gerações. Publicado em 1907, este livro projetou mundialmente o húngaro Ferenc Molnár (1878-1952). Está para nascer quem não se identifique com o espírito de amizade e heroísmo presente nesta obra maravilhosamente traduzida por Paulo Rónai".
 
Como pode um único livro despertar em nós tantas emoções? Nem Roberto Carlos conseguiu tamanha proeza. Juro que vibrei, sorri, gargalhei e chorei enquanto o lia. Em momentos diferentes, claro! Do contrário duvidaria da minha saúde mental.


Quem me presenteou com esse livro, pelo qual tenho tanto carinho, foi meu querido pai. Não posso deixar de me emocionar ao pensar que eu li esse livro por conta dele. Foi um presente maravilhoso ofertado por alguém maravilhoso demais. Espero que meus filhos também recebam de mim presentes como este, presentes que nos emocionam ao longo dos anos e que nos façam lembrar para sempre de quem nos presenteou.

Te amo, pai!